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Fogos de Artificio - Introdução

Os fogos de artifício são bastante utilizados em diversas culturas. No mundo inteiro, é possível encontrar nos céus o espetáculo de cores que os fogos nos proporcionam.

Apesar da beleza oferecida por eles, devem ser tomados certos cuidados. Saber onde e quando soltar os fogos é extremamente importante. É comum ouvir dizer que os fogos causam incêndio, é fato. Caso não sejam adquiridas as precauções necessárias, alguém pode parar no hospital.

O Corpo de Bombeiros  costuma dar dicas com relação aos fogos.  Em muitos desses produtos geralmente não vêm escritas as instruções de como usar. Outros,  nem passam pelo crivo do Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO). Portanto, todo cuidado é pouco. Informe-se sobre os fogos e, depois de todos os processos de segurança acertados, divirta-se.

A origem dos fogos de artifício não tem uma data certa. Há várias especulações de que os foguetes pirotécnicos tenham tido seu início na Ásia; porém, a pólvora – que é um dos componentes dos fogos  de artifício, bombas e outros – foi  inventada na China, há aproximadamente 2000 anos. Na época da dinastia Han, os alquimistas, por acidente, descobriram a pólvora. Hoje, ela faz parte dos foguetes pirotécnicos, bem como armas de fogo, canhões, mísseis e outros materiais bélicos. Antes da chegada deles na Europa, a pirotecnia passou pelos indianos por muito tempo. Também passou pelos árabes e gregos. Os sábios das arábias eram  conhecedores dos elementos que compõem os fogos de artifício. Mas ainda não existiam os foguetes, era uma tecnologia que apresentava possivelmente apenas poucas cores,  pois se utilizava o nitrato de potássio. A criação desses fogos foi um marco na evolução e na história da química.

Com o avanço dos estudos químicos, os cientistas descobriram novos elementos; como, por exemplo, quando Lavoisier estabeleceu a teoria de que os ácidos continham oxigênio. Numa busca em cima de tal teoria, outro estudioso, Claude Louis Berthollet, observou que, quando se aqueciam as novas substâncias, a temperatura delas se elevava exponencialmente. Os pesquisadores, ao longo de seus vários estudos, descobriram que cada átomo liberava uma cor distinta. Essas cores eram o laranja, o verde, o vermelho, o azul e o púrpura; porém, eles não tinham muita duração, muito menos suas cores eram vibrantes. Isso mudou com a utilização de novos elementos na fabricação dos fogos como: o magnésio, o alumínio e o titânio. Depois de várias experimentações com os ácidos e oxigênios, houve um desastre. Diversas pessoas morreram com as tentativas dos cientistas Lavoisier e Berthollet. Eles trabalhavam com a uma substância chamada de clorato de potássio, descoberta por Louis Berthollet, após estudos baseados na teoria de Lavoisier. Com o desenvolvimento dos fogos de artifício, bem como a descoberta das cores, fez com que os foguetes pirotécnicos ganhassem lugar nas oficinas, onde se produziam os fogos. Mas eles se não mostravam apenas bonitos.

A pirotecnia se tornou violenta, fazendo várias vítimas, que chegaram a perder membros do corpo por causa dos fogos. Então, em alguns países o uso dos fogos de artifício foi proibido. A tecnologia e a química conseguiram, em seu desenvolvimento, proporcionar um show de explosões. É claro que hoje em dia são bem mais seguros e fazem menos vítimas. Atualmente, existem diversos tipos de fogos de artifícios. Eles conseguem formar figuras no céu. São nomes, formas como, por exemplo, os efeitos cascata. Existem vários tipos de fogos, como os foguetes, que, mirados ao céu formam cores, figuras e são bem barulhentos. São também os chamados buscapé, rojões, serpente de faraó, roda de Catarina e etc. Os rojões são um tipo de fogo de artifício que vem com grandes quantidades de pólvora. Eles apresentam um enorme efeito sonoro e são comuns nas festas juninas e jogos de futebol. Na Bahia, principalmente nascidades de São João e Cruz das Almas, é comum a utilização dos fogos de artifício nas datas festivas. A famosa guerra das espadas ou luta das espadas, consiste em usar os foguetes, feitos artesanalmente em zonas rurais. Com um bambu, pólvora e outros elementos, fazem as 'espadas'. Quem gosta de brincar nesse evento, usa roupas e óculos especiais por causa do poder destrutivo das engenhocas. Na região nordeste, a fama dos fogos de artifício já se propagou pelas unidades federativas.

As cidades começaram a aderir à guerra das espadas. No estado do Sergipe, no município de Lagarto, antes da comemoração da festa junina, é comum acontecer a manifestação folclórica chamada de Cilibrina. Ela consiste em festas com a presença de zabumbas e a queima de fogos. É fato que os fogos de artifício causam muitos problemas. Mas também existem diversos locais onde há a queima e ocorre tudo bem. Na República Checa, acontece um evento chamado de Ignis Brunesis. Esse festival consiste na disputa entre fabricantes de fogos de artifício e são sincronizados com as canções tocadas nas rádios locais. A festa atrai muita gente e acontece entre os meses de maio e junho. Geralmente, a guerra das espadas, que acontece no nordeste brasileiro, deixa vários feridos todo ano. Os veículos de comunicação costumam mostrar as estatísticas, que não trazem índices positivos. O Ministério da Saúde já registrou cerca de 200 vítimas em apenas um festival desse cunho, a saber, no estado da Bahia. Esses fogos causam tragédias. Incêndios são bem comuns.